Pesquisadores da USP coletaram amostras de DNA das NONAS Orádia, de 117 anos, e Raymunda, de 112: dia especial
Lagoa Santa, 17 de maio de 2024 – Um dia repleto de alegria e com uma importante conquista! Sete pesquisadores do Laboratório do Genoma Humano e Células-Tronco da USP estiveram em Belo Horizonte e Ribeirão das Neves nesta sexta-feira. Os cientistas conheceram duas centenárias homenageadas pelo Projeto NONAGENÁRIAS: Raymunda Luzia da Conceição, de 112 anos, e Orádia Almeida de Jesus, de 117 anos. O foco do estudo é a contribuição da genética para a longevidade saudável e a qualidade de vida, integrando esses dois aspectos.

“Em uma busca por participantes, tive a grata surpresa de encontrar o Instagram do Projeto NONAGENÁRIAS (@projetononagenarias) onde ouvi vários relatos e homenagens a nonagenárias que estão muito bem, tanto do ponto de vista físico quanto cognitivo: levam uma vida independente, são ativas e autônomas”, explica o pesquisador Mateus Vidigal, um dos participantes do estudo que é coordenado pela geneticista Mayana Zatz, uma das mais renomadas do Brasil.

Os relatos das NONAS, alegres e repletos de histórias, chamaram a atenção dos pesquisadores. Eles conversaram as idosas, coletaram amostras de DNA e ficaram impressionados com suas histórias de vida. Tudo foi feito com a devida autorização das famílias. Para o médico e professor Mateus Vidigal, é muito importante esse tipo de divulgação. Primeiro porque é um conjunto de dados extremamente rico, com informações qualitativas a respeito dessa população tão rara e especial no Brasil.

“E, segundo, a gente fica feliz de ver tudo isso registrado na forma de textos, imagens e vídeos compilados. Pretendemos dar continuidade a essa parceria do ponto de vista científico. Vamos buscar desvendar, a partir do DNA, qual é a contribuição da genética na longevidade e qualidade de vida das participantes. E compreender, assim, o diferencial genético das pessoas que envelhecem com boa saúde”, ressalta.

Para a diretora do Projeto Nonagenárias a jornalista Luciana Morais, essa parceria com a USP eleva o projeto a novos patamares, comprovando sua relevância do ponto de vista social, cultural e também científico. “Temos grande interesse em aproximar nossas ações de estudos sobre os fatores que contribuem para a longevidade e a saúde da mulher nonagenária. Elas são exemplo de resiliência, de superação e de muita fé. Esses elementos certamente fazem com que elas vivam mais e melhor”, conclui.

Clique no link abaixo e assista à linda reportagem feita pela TV Record Minas. Aos colegas jornalistas, o nosso muito obrigada!

 

DNA DE CENTENÁRIAS É COLETADO PARA ESTUDO SOBRE LONGEVIDADE

 

 

 

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